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Indústria cultural e a cibercultura

Industria cultural e a cibercultura

O surgimento do termo indústria cultural é antigo e as primeiras críticas/discussões a respeito de seu impacto no mundo moderno provêm desde o início das tendências audiovisuais, da fotografia ao cinema, com o auge no advento da televisão. 

Basicamente, é um modo “pessimista” de pensar na arte frente ao capitalismo, a reprodutibilidade técnica e a facilidade de produção/consumo de diferentes projetos.

O teor comercial alcançou a arte e acabou com seu viés crítico e social, bem como a qualidade das obras e seus objetivos. 

A indústria cultural surgiu, então, como forma de consumo para a sociedade de massa, em muitos casos até com o propósito de alienar e influenciar no estado de consciência das pessoas, desviando sua atenção para assuntos que se contrapõem à realidade social – não é à toa que a televisão sempre foi o meio mais criticado nesse sentido.

Com essa descaracterização da arte promovida pela indústria cultural, a essência se perdeu, deu espaço para o materialismo e culminou no fim da “aura”, ou seja, não existe mais um objeto artístico único e original, de acordo com o pensamento de Walter Benjamin, um dos maiores críticos desse cenário. 

Obviamente que, com a cibercultura, esse propósito se tornou totalmente perceptível e destacado, de um lado com o próprio público produzindo suas peças e do outro – e bem preocupante – a disseminação de conteúdos em tempo recorde, seja textos, músicas, filmes, entre outros produtos.

Inovação e consumo da música digital

Um exemplo pontual relacionado à indústria cultural e à cibercultura está no consumo da música. As mudanças ocorreram em um curto período e mostram como a relação humana com a tecnologia está cada vez mais interligada. 

Se antes era preciso esperar por um lançamento, comprar um álbum para ouvir seu artista favorito ou ter um aparelho exclusivo para reproduzir os sons, hoje em dia tudo está diferente.

O rádio ainda é um meio intenso para o consumo de música, porém o computador já monopolizou muitas atividades ligadas a esse entretenimento. 

Por meio de múltiplas plataformas é possível escutar a música que você quiser, assistir o clipe e até fazer o download em poucos segundos. O Youtube é uma das principais mídias que revolucionaram esse parâmetro.

É interessante destacar que essa abertura e facilidade de consumo abriu caminho para muitas produções independentes, a fama repentina e também a viralização de conteúdos bons ou ruins. 

De qualquer forma, é o público que delimita o que faz ou não sucesso, não é por menos que artistas renomados e gravadoras começaram a investir pesado no digital – com páginas e canais personalizados, clipes lançados exclusivamente para as plataformas online, conteúdo divulgado em redes sociais, entre outras tendências.

Cibercultura e Jornalismo – a nova imprensa

Passamos do entretenimento para a comunicação, salientando as modificações que ocorreram no jornalismo a partir do advento da cibercultura. A imprensa, assim como vários meios, precisou se moldar para acompanhar todas essas transformações, e hoje em dia está totalmente inserida no contexto das mídias digitais.

A presença em todas as redes sociais e a notícia em tempo real caracterizam esse cenário, além do aspecto da exclusividade. Agora, é essencial ser ágil e estar atento a todos os nichos. 

A internet abriu espaço para uma multiplicidade de notas a respeito dos mais infinitos assuntos, que para serem divulgados na TV, no jornal ou no rádio precisam ser pautados previamente. Além disso, a possibilidade de criação e transmissão de notícias está à mão dos espectadores, que podem até criar suas próprias páginas independentes.

A problemática está na má qualidade do material, o hard news que prioriza apenas o acesso massivo e até a baixa qualificação dos responsáveis, já que muitos não são realmente profissionais da área. 

Marketing digital e a cibercultura – Uma nova relação de consumo

O marketing também mudou muito após o fortalecimento da internet, da tecnologia e todos os seus recursos. A migração para esses meios mudou o comportamento dos consumidores e estabeleceu novos padrões ao mercado, seja para vender, comprar, divulgar ou fidelizar. O maior exemplo é o marketing digital, voltado totalmente ao cliente que está sempre conectado.

Esse ramo pega carona em uma tendência cada vez mais valorizada pelas empresas, o inbound marketing, conhecido como o marketing de atração. 

Agora, o jogo está virando. Não basta ir atrás dos consumidores com inúmeras propostas e promoções, é preciso chamar sua atenção e criar estratégias que o direcionam para seus produtos, serviços e ideias.

A cibercultura abriu espaço para uma variedade de comércios eletrônicos voltados aos mais diversos nichos. 

Você pode encontrar qualquer coisa na internet e realizar a compra em tempo real, além de estabelecer um canal de comunicação direto com as empresas via chats e redes sociais. Mais do que nunca, a opinião e a experiência do cliente fazem toda a diferença – o objetivo é criar um marketing de relacionamento e se reinventar com ótimos artifícios.

Cibercultura e Educação – a nova sala de aula

Não podemos deixar de citar também a relação de cibercultura e educação, tema de muitas pesquisas, palestras e cursos online com certificado, como o curso de cibercultura preparado por nossa equipe pedagógica exclusiva. 

A questão geral nesse cenário é como as TICs afetam os métodos de ensino e aprendizado – e como aproveitá-las ao máximo para uma aula eficiente, a transmissão de excelentes conhecimentos e a utilização dos melhores materiais.

É fato que os educadores precisam considerar toda essa realidade para aplicá-la na sala de aula. É impossível ficar alheio a todas essas tendências, por isso recursos como a informática educativa são parte integrante da grade de disciplinas de muitas instituições. Lévy define bem essa relação (e até obrigação) do uso do digital nos métodos educativos:

“O uso crescente das tecnologias digitais e das redes de comunicação interativa acompanha e amplifica uma profunda mutação na relação com o saber. Ao prolongar determinadas capacidades cognitivas humanas (memória, imaginação, percepção), as tecnologias intelectuais com suporte digital redefinem seu alcance, seu significado, e algumas vezes até mesmo sua natureza”.

Para o autor, o ciberespaço contribui para a inteligência coletiva, a criação de redes de informação colaborativa e uma profunda renovação de todas as práticas pedagógicas. Todavia, não se trata apenas de usar a tecnologia “a qualquer custo”, mas “acompanhar consciente e deliberadamente uma mudança de civilização que questiona profundamente as formas institucionais, as mentalidades e a cultura dos sistemas educacionais tradicionais e sobretudo os papéis de professor e de aluno”. 

Cibercultura e EAD

Um dos principais padrões para entender a influência da cibercultura na educação é o ensino a distância (EAD). A principal vantagem desse recurso é a organização e a administração do tempo, fatores valorizados em meio a uma sociedade totalmente comprometida. 

A possibilidade de estudar via internet, de qualquer lugar e a qualquer hora usando até dispositivos móveis é o que mais encanta seus adeptos. Para se ter ideia, segundo a Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), milhões de pessoas usufruem das vantagens dos cursos a distância.

É fato que essa modalidade crescerá ainda mais, visto o investimento massivo das instituições nesse modelo e seu conhecimento por parte de diversas pessoas. 

A questão a destacar é que, com essa popularidade, a escolha dos conteúdos e locais deve ser ainda mais apurada, visando a qualidade do estudo. Para entender melhor esse contexto, é bacana ler o artigo Ensino a distância: acesse a qualquer momento. cursos 24 horas por dia ―.

Este conteúdo foi produzido pela equipe do Educamundo.

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