Não é novidade que o panorama da indústria 2019 no Brasil é de adversidades, que vêm sendo superadas aos poucos.

Depois de uma queda considerável, o setor está se reerguendo de uma das piores crises da história e retomando gradualmente seu crescimento.

Para a indústria 2020, há expectativas de um novo fôlego, mas os empresários terão que fazer sua parte para impulsionar os negócios.

Por isso, vamos analisar a situação atual e as projeções para o próximo ano, reunindo relatórios, tendências e dicas para você acompanhar o ritmo das mudanças.

Se você quer se preparar para os desafios da indústria em 2020, é melhor ler até o fim.

Vamos aos dados?

Acompanhe a seguir.

O cenário da indústria em 2019

A indústria em 2019 passou os últimos meses entre altos e baixos, tentando se recuperar de uma das crises mais profundas de sua história.

No momento, há um ritmo lento de recuperação e retomada da confiança do empresário industrial, como veremos na análise dos relatórios.

Em setembro de 2019, o faturamento real da indústria cresceu 0,4% em relação a junho do mesmo ano, enquanto a massa salarial real aumentou 0,4%, de acordo com o relatório oficial da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Porém, no acumulado dos últimos 12 meses até setembro, a queda foi de 1,7% na produção e 1,3% no faturamento.
No relatório de agosto de 2019, vemos que a participação da indústria no PIB fechou em 21,6% em 2018 — quase seis pontos percentuais a menos que em 2008, quando possuía 27,3%.

Em relação aos setores mais representativos, temos a seguinte distribuição em 2017:

1)  Alimentos (19%)

2)  Derivados de petróleo e biocombustíveis (11%)

3)  Químicos (9%)

4) Veículos automotores (7%)

5) Metalurgia (6%)

6) Demais setores (49%).

A alta do setor de alimentos, que representava 10% em 2007, é reflexo do longo processo de crise, pois a recuperação é mais rápida nos segmentos relacionados ao consumo familiar.

Outro resultado que chama a atenção é a evolução da produtividade do trabalho, que atingiu 108,7 na relação produto/horas trabalhadas em 2018, em comparação com 97,2 há dez anos.

Na avaliação da CNI, há uma tendência de alta com o crescimento pelo quarto mês consecutivo, mas os resultados gerais sugerem moderação da atividade industrial.

Ou seja: o setor ainda apresenta baixo dinamismo em relação à série histórica, mas o crescimento por meses consecutivos dá sinais de recuperação do fôlego.

Para o gerente da pesquisa, André Macedo, uma das principais causas da queda no ritmo industrial é o ambiente de incerteza no mercado.

Em entrevista à Agência IBGE, ele explica que as famílias brasileiras estão adiando suas decisões de consumo, e que o desemprego e informalidade também afetam a demanda do mercado.

Já o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, classificou agosto como “o fim de um período complicado na economia brasileira” e renovou as esperanças na recuperação industrial.

Em entrevista ao Correio Braziliense, em setembro de 2019, ele afirma:

“As mudanças não serão a curto prazo, mas podem começar a surtir efeito ainda neste ano. A partir de setembro, teremos a volta de um crescimento um pouco mais sustentável”.

Agora vamos analisar as projeções para confirmar essa expectativa.

Projeções para a indústria em 2019 e 2020

Com os resultados de setembro de 2019, o boletim Focus ajustou suas projeções com uma ligeira queda nas estimativas.

Para o PIB, a expectativa permanece de 0,87% para 2019 e 2,00% para 2020. Na indústria 2019, a projeção caiu para queda de 0,65%, contra a contração anterior de 0,54%.

Por outro lado, o cenário da indústria 2020 melhorou, com crescimento estimado de 2,29%, sobre 2,10% no relatório anterior.

Vale lembrar que o avanço do setor industrial foi de apenas 1% em 2017 e 1,7% em 2018, quando a expectativa girava em torno dos 3%.

Entre 2014 e 2016, a queda acumulada foi de 16,7%, e ainda deve levar tempo para recuperar essa perda.

No entanto, é importante considerar que o crescimento da indústria no segundo trimestre de 2019, ainda que tímido (0,4%), foi responsável por evitar que o PIB brasileiro entrasse em recessão técnica.

Além disso, o Banco Central também destacou a expectativa de aumento da produção de petróleo e recuperação do minério de ferro, além de ressaltar o aumento de 2,2% no consumo das famílias.

Para o presidente da Abimaq, João Carlos Marchesan, as reformas econômicas do governo serão o motor de impulsionamento da indústria em 2020.

Em entrevista à Jovem Pan, ele diz que “há uma expectativa muito grande com a reforma da Previdência, reforma tributária e MP da Liberdade Econômica”.

Porém, o retorno dessas medidas será em médio prazo, e os empresários industriais também precisam fazer sua parte para impulsionar o setor.

Como se preparar para a indústria em 2020

Além de esperar por um ambiente de negócios mais favorável, você também precisa se preparar para o contexto da indústria 2020.

Afinal, é fundamental que os empresários industriais invistam em desenvolvimento e inovação para acelerar o crescimento, além de focar na gestão estratégica.

Nesse momento de lenta recuperação, especialmente, você deve se atentar à gestão financeira da empresa. O caminho é reduzir custos, renegociar contratos com fornecedores e elaborar um planejamento financeiro completo, considerando o orçamento e objetivos para o próximo ano.

Além disso, é importante buscar as tendências da Indústria 4.0, que representa uma grande oportunidade para a retomada do setor no Brasil.

Hoje, o país ocupa o 69º lugar no Índice Global de Inovação e a 41ª posição em termos de estrutura de produção, de acordo com dados publicados no portal Indústria 4.0, mantido pelo governo.

Para melhorar esse desempenho, é preciso adotar tecnologias como a manufatura aditiva, inteligência artificial, sistemas ciber-físicos e Internet das Coisas (IoT), que agilizam a produção e automação industrial.

De acordo com uma pesquisa da ABDI, também publicada no portal, a migração da indústria para o conceito 4.0 pode gerar uma economia de R$ 73 bilhões ao ano, graças ao aumento da eficiência e redução dos custos de produção.

Se você não sabe por onde começar as mudanças, uma boa dica é buscar soluções para automatizar sua gestão.
Na área financeira, por exemplo, você pode utilizar uma plataforma online como a Conta Azul, que centraliza todas as tarefas e informações no mesmo sistema.

Com ela, você consegue acompanhar de perto o fluxo de caixa, realizar a conciliação bancária, monitorar contas a pagar e a receber, emitir boletos e notas fiscais automaticamente e muito mais.

O sistema ainda oferece módulos de gestão de produtos, estoque, compras e todas as funcionalidades que você precisa, além de proporcionar integração com o contador.

Assim, fica fácil cuidar da saúde financeira da indústria e ter um panorama completo do seu negócio. Na hora de fechar as parcerias, planejar suas compras ou vendas e negociar com fornecedores e compradores, você também pode contar com o Soluções Industriais — o maior marketplace B2B da América Latina.

No portal, com certeza você vai fechar bons negócios e acelerar a evolução da sua indústria.

E então, está mais otimista para o cenário da indústria em 2020?

Aproveite nossas dicas para fechar bem 2019 e começar o próximo ano a todo vapor — no ritmo da volta por cima.

Metas:

Indústria 2019 e 2020: Panorama E Projeções

Já viu o panorama da indústria em 2019 e as projeções para a indústria em 2020 no Brasil? Veja o que esperar e como se preparar.