Contratar uma empresa para desenvolver um sistema ou aplicativo é uma das decisões mais estratégicas que um negócio pode tomar — e também uma das mais arriscadas se feita sem planejamento.

Escolher uma software house só pelo preço ou sem entender como ela trabalha pode levar a atrasos, sistemas mal feitos, funcionalidades que não funcionam e até perda de dinheiro.

Neste artigo, você vai entender os erros mais comuns que as empresas cometem ao contratar uma software house e como evitá-los. Também vamos falar sobre expectativas de investimento e como entender quanto custa um software profissional.

Os erros que mais prejudicam projetos de software

1. Escolher apenas pelo menor preço

Esse é o erro mais comum — e mais caro.

Desenvolver software exige planejamento, design, arquitetura, testes, deploy e manutenção. Tudo isso custa tempo e conhecimento técnico. Quando uma proposta é “barata demais”, pode ter certeza: algo importante foi deixado de lado.

Soluções muito baratas costumam vir com:

  • Falta de testes e segurança 
  • Código mal estruturado e difícil de manter 
  • Entregas atrasadas 
  • Má comunicação e suporte inexistente 

Evite olhar apenas para o valor final. Entenda o que está incluso, qual a metodologia usada e como será o suporte após a entrega.

2. Não definir um escopo claro

Outro erro clássico é começar o projeto sem saber exatamente o que será desenvolvido. Isso abre margem para expectativas desalinhadas, retrabalho e frustração.

Uma software house séria vai ajudar você a mapear:

  • As funcionalidades mínimas que o sistema precisa ter 
  • Quais processos serão automatizados 
  • Quem são os usuários 
  • Como será feito o acesso, login, permissões e relatórios 
  • O que entra na primeira versão e o que pode ser entregue depois 

Um bom escopo reduz custos e aumenta as chances de entrega no prazo.

3. Ignorar a importância da UX e UI

Interface e experiência do usuário não são detalhes. São parte central do sucesso de qualquer software.

Muitos sistemas deixam de ser usados — mesmo funcionando — porque são confusos, feios ou difíceis de navegar. Uma software house de qualidade envolve designers no início do processo, criando protótipos e fluxos antes de começar o código.

Se a empresa que você está avaliando não fala de usabilidade ou design… sinal de alerta.

4. Não perguntar sobre o processo de desenvolvimento

Você precisa entender como o projeto vai ser conduzido, qual a metodologia usada (ágil, cascata, híbrida), como será a comunicação, quais são os marcos de entrega e como acontecem as validações parciais.

Sem isso, o risco de ficar no escuro e só descobrir problemas na entrega final é grande.

Peça para a empresa explicar o processo em etapas claras. Bons fornecedores têm isso bem definido — e compartilham com transparência.

5. Não verificar projetos anteriores

Muita gente fecha com uma software house sem olhar o portfólio. É fundamental ver o que a empresa já fez, com que tipo de cliente, em que segmentos, com quais tecnologias e com que resultado.

Se possível, peça para falar com um ou dois clientes anteriores. Isso dá uma visão real da experiência de trabalhar com aquela equipe.

6. Não entender quanto custa um software de verdade

Esse é um ponto crítico: a maioria das empresas não sabe estimar quanto custa um software, e acaba com expectativas irreais — para mais ou para menos.

O custo varia conforme:

  • Complexidade e número de funcionalidades 
  • Nível de personalização 
  • Integrações com APIs ou sistemas existentes 
  • Volume de usuários e necessidade de escalabilidade 
  • Design customizado ou padrão 
  • Suporte e manutenção 

Antes de pedir orçamentos, tenha pelo menos uma ideia básica do que você quer. E desconfie de quem promete “sistema completo” por valores genéricos e fechados.

Como contratar uma software house com segurança

Faça um briefing detalhado

Mesmo que você não saiba escrever um escopo técnico, um bom briefing ajuda muito. Escreva:

  • O que é o projeto 
  • Por que ele será feito 
  • O que você espera do sistema 
  • Quais funcionalidades são essenciais 
  • Quais resultados espera com ele 

Isso já ajuda a software house a entender a proposta com mais clareza — e evitar orçamentos errados.

Prefira empresas com processo definido

Empresas sérias explicam como trabalham, como lidam com mudanças de escopo, como tratam segurança, testes e deploy. Transparência é sinal de maturidade.

Comece com um MVP, se possível

Ao invés de contratar um sistema completo, considere desenvolver primeiro um MVP (produto mínimo viável). Isso reduz custos iniciais, valida o projeto com usuários reais e permite ajustes rápidos antes de escalar.

Faça contrato detalhado

Tenha tudo por escrito: escopo, prazos, entregas, forma de pagamento, propriedade do código, cláusulas de suporte e penalidades.

É o tipo de cuidado que evita dor de cabeça no futuro.

Conclusão

Contratar uma software house pode acelerar a transformação digital do seu negócio — mas também pode se tornar um problema se feita sem critério.

Evitar os erros mais comuns, entender como o processo funciona e saber quanto custa um software de verdade são os primeiros passos para garantir que o investimento gere retorno.

Com planejamento e um parceiro técnico confiável, seu sistema pode sair do papel de forma segura, eficiente e com qualidade — sem surpresas no caminho.