Propor a reflexão contida no título deste conteúdo é um grande risco. Afinal, você que está do outro lado da tela do seu notebook, tablet, smartphone ou qualquer outro dispositivo eletrônico, pode não compartilhar da mesma opinião. Mas esta situação é um jogo sem saída. 

Para iniciar este texto reflexivo gostaria que você parasse por um momento e pensa-se na seguinte frase: 

“Não vemos as coisas como são, vemos as coisas como somos”

Conseguiu extrair algo desta inteligente frase dita por Anais Nin, escritora francesa, em seu livro Delta de Vênus? Vamos refletir sobre ela:

Você, com suas virtudes e seus defeitos, suas experiências e sonhos pessoais, olha a vida e o que acontece ao seu redor de acordo com as suas peculiaridades e preferências. Eu, com minhas virtudes e meus defeitos, minhas experiências e sonhos, olho a vida e o que acontece ao meu redor sob a ótica das minhas peculiaridades e preferências. 

Pense só, de fato, duas pessoas poderiam assistir a um mesmo acontecimento. Mas cada um destes indivíduos teram vivido a experiência à sua maneira, de acordo com suas crenças, valores, etc.  Isto é, de acordo com a forma de ser de cada um.  

Por isso, devemos entender que qualquer opinião é tão válida quanto a nossa. Daí vem a subjetividade dos nossos mundos e construção única de nossas realidades. Todos vivemos realidades diferentes, mesmo em situações idênticas. 

Não ficou muito claro? Vamos utilizar um exemplo:

Imagine que fomos convidados para uma viagem no final de semana e ambos decidimos ir. Antes desta viagem você recebe a notícia de que conseguiu o cargo na empresa que tanto sonhava trabalhar. Eu, por outro lado, terminei um relacionamento de anos. 

Você, radiante e feliz da vida. Eu, afogado na tristeza e procurando disfarçá-la. Mesmo assim estamos na mesma viagem, curtindo a mesma música, o mesmo bar e a mesma paisagem. 

Veja também:


No bar em que estamos começa a tocar uma música que me faz relembrar a pessoa com a qual terminei a relação. Você, por outro lado, está cantando e dançando. Eu finalmente decido ir para casa, você decide curtir o máximo possível daquele momento. 

Percebe como a situação externa é exatamente a mesma, mas mesmo assim não parece que fizemos a mesma viagem? Isso acontece pois ambos estavam focalizando a sua atenção em coisas diferentes. 

Por isso, é preciso ser amável e ter empatia com o outro e não tentar exigir nem impor a nossa visão. Tenha em mente que o que eu vivo pode não ter nada a ver com a sua experiência pessoal. 

Alteridade: atreva-se a descobrir e respeitar outros mundos, outras realidades!

Você sabe o que é alteridade? Definida no dicionário Aurélio como “qualidade do que é outro ou do que é diferente”, alteridade é o reconhecimento de que existem pessoas e culturas singulares e subjetivas que pensam, agem e entendem o mundo de suas próprias maneiras. 

Reconhecer a alteridade é o primeiro passo para a formação de uma sociedade mais justa, equilibrada, democrática e com mais empatia, onde todas as pessoas possam se expressar desde que respeitem a alteridade alheia.

Todavia, alteridade e empatia não são sinônimos, como muitas pessoas costumam pensar. Enquanto a empatia refere-se à capacidade de colocar-se no lugar do outro, a alteridade é a capacidade de reconhecer que o outro é daquele jeito, porque ele é, essencialmente, diferente de você. 

Mas lembre-se: para respeitar os outros,  também precisamos respeitar a nós mesmos. Buscando entender o que nos torna únicos, com nossos defeitos e virtudes, e trabalhar em cima daquilo que consideramos negativos para nós mesmos e para as pessoas ao nosso redor. 

Quer aprender a gerenciar suas emoções? Ressignificar lembranças negativas e alcançar o seu melhor “eu”? Conheça o curso de PNL do IBND (Instituto Brasileiro de Neurodesenvolvimento).