A pandemia serviu para as lojas físicas e os comércios mais tradicionais entenderem que o futuro do varejo é online e que ainda existe muito espaço para crescer. Se antes de 2020 tínhamos uma representatividade em torno de 5% do varejo online em relação ao físico, especialistas já prospectam que até 2025 essa nova porcentagem chegue a mais de 20%.

E além da digitalização dos lojistas físicos, o lockdown também impulsionou muitas indústrias a entrarem no mercado online e abrirem as portas para vendas diretas para o consumidor final. Isso simboliza sim um aumento da concorrência, porém o grande segredo do e-commerce é saber para quem estamos vendemos, podendo afunilar o grupo de público alvo cada vez mais.

Neste artigo vamos falar sobre as vertentes de comércio eletrônico existentes e tendências para o varejo no setor industrial.

homem desenhando em lousa

Quais as principais vertentes do e-commerce?

Há diversos modelos de negócio de e-commerce que podem ser explorados pelo empreendedor. Vamos entender quais os principais.

Business to Consumer ( B2C)

Este é o modelo mais conhecido do mercado. No qual um negócio faz a venda para o consumidor final.Neste modelo também podemos enquadrar os marketplaces e os pequenos negócios.

Business to Business (B2B)

É o modelo onde negócios vendem para outros negócios, geralmente com o objetivo de revenda.Geralmente não atendem o consumidor final por preferirem trabalhar com o atacado, não fazendo transações de pequenas quantidades os valores.

Conhecemos o famoso modelo B2B como fornecedores, quando há um fornecimento de uma mercadoria específica em grande quantidade, para uso em negócio. Nesses casos as vendas são feitas apenas para CNPJ.

Direct to Consumer (D2C)

Neste modelo de negócio se encaixam as indústrias. São os modelos nos quais o fabricante vende diretamente para o consumidor final. Podemos até pensar que este modelo seria uma vertente do B2C.

Consumer to Consumer (C2C)

Aqui temos o modelo de venda consumidor para consumidor. É a famosa venda de produtos usados.O Mercado Livre e o Enjoei são grandes exemplos, onde não há a necessidade de fazer venda de produtos com nota fiscal ou CNPJ. É uma ótima maneira de reciclagem, aproveitando produtos ainda em bom estado, para consumidores que desejam pagar um valor menor.

Social Commerce

Não é oficialmente um modelo de negócio, mas com a popularização das redes sociais, é uma vertente que vale a pena ser citada. O social commerce é a venda através das redes sociais ou ainda pelo whatsapp. Muitos negócios começam de forma pequena, ou abrem canais exclusivos para atendimento no whatsapp e fazem as vendas de forma “informal” mas utilizando das redes.

A própria plataforma do Meta (Facebook, Instagram) já possui recursos que integram a vitrine do produto às postagens, mas geralmente atrelada ao site. O que observamos, em muitos dos casos, é a utilização destes canais não apenas como reforço de marca, mas também como forma de venda direta.

Modelo B2C x Modelo D2C

Com ambos os modelos voltados ao consumidor final, existem muitas especulações sobre o poder da indústria em relação às lojas de menor porte.

Uma guerra muito parecida com a disputa que existe com relação aos marketplaces e e-commerces pequenos. Afinal, o pequeno acaba saindo em desvantagem, tanto pelo volume transacionado quanto pela competitividade.

No entanto, o que os empreendedores precisam entender é que estes modelos podem trabalhar juntos. A entrada da indústria com as vendas para consumidor direto não significa que será o fim do modelo B2C como conhecemos.

A indústria ainda tem muito o que aprender quando falamos em vendas diretas, uma vez que o consumidor da internet é extremamente volátil e desfruta de uma série de opções ao alcance de um clique.

Tendências do varejo industrial

Vender na internet, de forma profissional, é algo trabalhoso, ainda mais pela concorrência acirrada. Não há apenas as lojas de bairro, mas também lojas de fora do país que podem estar conquistando o seu consumidor.

Por isso, separamos algumas dicas que a indústria pode utilizar dentro do seu negócio, para conversar melhor com o consumidor.

Atendimento

O atendimento, tanto para negócios B2C quanto D2C é fundamental para garantir fidelização do consumidor.

Não apenas no atendimento na hora de fazer a venda, mas também no pós-atendimento que inclui acompanhamento de feedback, resolução de problemas e acompanhamento da comunicação com o cliente.

O consumidor deixa de procurar apenas preços e boas condições comerciais, passando a também, priorizar questões de atendimento. Qual a probabilidade do consumidor voltar a comprar com seu negócio após uma experiência ruim de troca de produto, por exemplo?

Velocidade

Entrega é o tendão de Aquiles da experiência de compra. Por isso que os marketplaces que oferecem entrega no mesmo dia, ou em 24hrs, ganham destaque no mercado.

O cliente brasileiro preza por velocidade e, quem nunca fez uma compra em cima da hora?

Investir em sistemas de entrega rápidos e eficientes é essencial para o negócio escalar nas vendas.

Mobile commerce

O celular permitiu que a internet chegasse a mais de 50% das casas brasileiras, por isso é impensável que o site não seja responsivo.

Otimizar a experiência do usuário em seu domínio cria uma boa impressão e facilita o processo de compra.

Cada vez mais o consumidor busca produtos e informações nos ambientes próprios dos fornecedores e das indústrias, por isso ter um ambiente seguro e adaptável para as comprar garante uma comunicação certeira e que possivelmente fideliza o internauta.