Você já ouviu falar no termo “segurança psicológica”? Ainda que não seja muito comum no vocabulário cotidiano, esse termo é um fator muito necessário em diferentes contextos da nossa vida, sobretudo no ambiente de trabalho. 

Você já ficou inseguro de questionar algo em uma reunião? Já teve receio de expor suas ideias e opiniões? Essas são situações bastante comuns na rotina profissional e que estão diretamente relacionadas à segurança psicológica. 

Quando sentimos receio ou insegurança no trabalho, esse fator pode prejudicar não somente ao profissional em si, como também a toda a equipe, pois pode desperdiçar soluções eficientes e inovadoras. 

Não à toa, a segurança psicológica é um tema em alta hoje em dia, e deve estar no radar dos RHs e da liderança de modo a contribuir para a produtividade e bons relacionamentos na rotina empresarial. 

Por isso, convidamos especialistas do Instituto Brasileiro de Neurodesenvolvimento (IBND) para falar desse assunto com mais propriedade, trazendo, logicamente, soluções para que você, líder ou profissional de recursos humanos, saiba implementar um ambiente psicologicamente seguro aos colaboradores. Interessante, não é mesmo? Prossiga com a sua leitura!

Definição de segurança psicológica e sua importância

O conceito de segurança psicológica refere-se, sobretudo, a uma ambiente no qual as pessoas se sentem à vontade para expressar suas opiniões, compartilhar experiências e ideias, ser quem elas são, especialmente no ambiente de trabalho. 

E se você está se perguntando por que ela é tão importante, os profissionais do IBND têm a resposta: porque esse é o caminho do sucesso para construir equipes de alta performance, mais produtivas e criativas. 

E sabe quem comprovou os benefícios da implementação de uma cultura com segurança psicológica? O Google! 

A empresa passou anos analisando o que faz um time ser verdadeiramente produtivo, e chegou à conclusão de que é a forma como o trabalho em equipe é realizado, a qualidade do convívio, o engajamento e a estabilidade emocional são fatores que interferem diretamente nas entregas.

Os 4 estágios da segurança psicológica

A segurança psicológica pode ser classificada em 4 estágios de acordo com a liberdade e confiança que o ambiente transmite aos colaboradores. 

Entender cada uma dessas etapas é fundamental para identificar pontos de melhoria no clima e cultura empresarial. Conheça-os a seguir:

1 – Segurança em pertencer

A sua empresa tem um espaço aberto à inclusão? Aceita as pessoas da forma que elas são e valoriza a diversidade de experiências, perfis, personalidades, etc.?

Todas essas questões dizem respeito à segurança em pertencer. Esse sentimento de pertencimento é o que garante que os colaboradores se sintam apoiados e valorizados, um fator que, sem dúvidas, contribui muito para aumentar os resultados positivos da empresa. 

2 – Segurança em aprender

Outro aspecto de grande importância no que tange a segurança psicológica é a segurança em aprender. Dessa forma, é importante cultivar um ambiente onde os membros da equipe estejam confortáveis em fazer perguntas e aprender novas competências. 

A inovação é uma soft skill muita buscada no mercado de trabalho e a segurança para aprender garante que os colaboradores sintam-se à vontade para arriscar, inovar e aprender com os erros. 

3 – Segurança em contribuir 

Outro importante estágio representa a confiança que o profissional possui para contribuir com o crescimento da empresa. Nesta etapa, o objetivo é que todos se sintam confortáveis para usar suas habilidades, apresentar ideias, expor experiências e opiniões. 

4 – Segurança em desafiar

Por último, mas não menos importante, a segurança em desafiar refere-se à liberdade para sugerir e implementar mudanças dentro da empresa. Os colaboradores precisam ter a possibilidade de questionar processos antigos para torná-los cada vez mais eficientes, por exemplo. 


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Como medir o bem-estar psicológico da organização?

Ainda que seja algo um pouco subjetivo, a segurança psicológica pode ser medida, principalmente, por meio de conversas e de questionários internos que, preferencialmente, sejam sigilosos. 

O ideal é que as perguntas contemplem todos os estágios acima explicados, como nos seguintes exemplos:

  • Você se sente parte da equipe?
  • Você sente que exerce um papel importante para o crescimento da empresa?
  • Quando tem que fazer perguntas, você se sente confortável?
  • Você sente que pode usar suas habilidades e conhecimentos para ajudar o negócio?
  • Você tem liberdade para sugerir mudanças na empresa?

Essas são apenas algumas questões que podem ser levantadas. Seguindo este modelo, é possível criar questionários mais adequados para a realidade do time e da organização como um todo. 

Como implementar um ambiente seguro psicologicamente em empresas?

Mas, afinal, como fazer para tornar esse fator parte da cultura organizacional? Em primeiro lugar, logicamente, deve haver o incentivo por parte da equipe de gestão de pessoas e lideranças. 

Afinal, um líder que toma decisões sozinho e apenas ordena que a sua equipe as cumpra, não dá espaço para nenhum tipo de interação, o que diminui a segurança psicológica de toda equipe. 

Além disso, o papel dos profissionais do RH também é escolher candidatos que demonstrem abertura para ouvir opiniões divergentes e que tenham como meta incentivar a inovação. 

Neste sentido, existem algumas atitudes que podem ser tomadas e que podem contribuir para a segurança psicológica no ambiente de trabalho:

  • Reconhecer o trabalho como um processo de aprendizado e não de execução;
  • Possibilitar um ambiente em que erros são permitidos e não punidos;
  • Desenvolver uma cultura que modele a curiosidade da equipe;
  • Cultivar uma cultura de feedback;
  • Praticar uma escuta ativa;
  • Incluir a todos os colaboradores nas tomadas de decisões;
  • Incentivar a criatividade e tomada de riscos;
  • Aos líderes, buscar a sua capacitação como um profissional empático.

Sobre este último tópico, o Instituto Brasileiro de Neurodesenvolvimento (IBND) tem uma solução que pode ser de grande valor aos líderes e gestores de empresas. 

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