Você já assistiu ao filme De Volta Para o Futuro? O filme, lançado em 1985, previa para o ano de 2015 diversas invenções, incluindo uma que ficou muito famosa: o carro voador. Infelizmente, mesmo seis anos depois, ainda não é o momento de falarmos de carros voadores, mas, sim, de carros elétricos. Segundo uma reportagem realizada pela CNN, os carros elétricos já serão maioria no mundo em 2033.
Com essa informação, muitos podem se perguntar se é o momento ideal para investir em carros novos e seminovos a combustão. A resposta é simples: sim. Além do ano de 2033 estar muito à frente, a informação de que carros elétricos serão maioria no mundo não significa que essa distribuição será igual entre todos os países e essa realidade pode demorar ainda mais no Brasil.
Continue lendo para conhecer um pouco mais sobre esse mundo dos carros elétricos, que parecem ter saído diretamente de um livro de ficção científica.
O que são carros elétricos?
Os carros elétricos surgiram como uma saída mais sustentável para o problema dos meios de transporte. Sua principal diferença em relação aos veículos atuais é que eles funcionam através de uma corrente elétrica e não pela queima de combustíveis fósseis.
Ele possui uma bateria recarregável, assim como nossos aparelhos celulares e outros dispositivos eletrônicos, que faz com que o carro funcione por um período fora da tomada. Uma recarga de um carro elétrico pode demorar até 20h para ser feita em uma tomada doméstica e 4h em carregadores wallbox especializados. Com uma carga completa é possível que o carro rode entre 200 km e 350 km.
Carros elétricos hoje
Atualmente os carros elétricos não fazem parte da realidade brasileira. Um fator que impede a popularização deste tipo de veículo no Brasil são seus altos preços: o modelo mais barato parte de cento e cinquenta mil reais, podendo chegar a mais de um milhão. O cenário brasileiro de carros elétricos é dominado por veículos importados ou que dependem de peças importadas para sua fabricação, o que encarece muito o processo.
Também a infraestrutura brasileira ainda não está preparada para as necessidades de um carro elétrico. Por exemplo: não é possível ver muitos postos de carregamento de baterias de carros elétricos pelas ruas. Estima-se um total de trezentos e cinquenta postos de recarga em todo o território nacional e eles estão altamente concentrados nas áreas de São Paulo e Rio de Janeiro, dificultando muito as viagens por longas distâncias com um carro elétrico.
Em outros países a venda dos carros elétricos vem aumentando substancialmente. Em 2020 a Noruega se tornou o primeiro país a ter mais de 50% do total dos carros vendidos sendo elétricos. Na Europa e na China há diversos incentivos para a compra de veículos elétricos, que vão desde desconto em impostos até uso de faixas para ônibus e isenção de pagamento de pedágios.
Carros elétricos no futuro
Segundo o estudo veiculado pela CNN, além de o carro elétrico ser maioria no mundo em 2033, em 2045 os carros a combustão representarão apenas 1% das vendas de veículos. As montadoras já compreendem este cenário e os maiores nomes já vem investindo cada vez mais na produção de carros elétricos, e algumas como Renault, General Motors, Nissan, entre outras, já anunciaram que querem que a maior parte de sua linha seja elétrica (ou no mínimo híbrida) em 2030.
Segundo a professora da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, Adriana Marotti de Mello, o Brasil e a indústria automobilística nacional precisa contar com incentivos governamentais de médio e longo prazo ou uma política de regularização dos poluentes atmosféricos para não ficar para trás nesta corrida de carros elétricos.