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Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial brasileira teve um crescimento de 1,4% na passagem de abril para maio.
Interrompendo uma queda de três meses consecutivos. Com esse resultado recente, a indústria brasileira iguala o cenário de pré-pandemia de fevereiro de 2020.
Apesar do avanço, o resultado não foi o suficiente para anular as perdas recentes que ocorreram entre fevereiro e abril de 2021, onde o setor teve queda de 4,7%, no acumulado dos meses.
Atividades avaliadas
O crescimento da produção industrial em maio foi divulgado entre 15 das 26 atividades industriais pesquisadas pelo IBGE. De acordo com a pesquisa os segmentos que puxaram a alta de desempenho foram:
O de produtos alimentícios (2,9%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,0%) – ambas com queda em abril – e o das indústrias extrativas (2,0%)
Outros setores também se destacaram com resultados positivos, entre eles estão: metalurgia (3,2%), produtos químicos (2,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,0%), de bebidas (2,9%) e de confecção de artigos, vestuário e acessórios (6,2%).
Já dentre as 11 atividades que registraram queda na produção em maio, as que mais impactaram negativamente o índice foram produtos de borracha e de material plástico (-3,8%), máquinas e equipamentos (-1,8%) e produtos têxteis (-6,1%).
Houve também o aumento de taxas positivas entre as cinco grandes categorias econômicas. Abaixo resultados de maio por categoria.
Bens de capital (1,3%) bens de consumo (1,5%) Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (3,6%), bens intermediários (0,6%), bens de consumo duráveis (2,4%)
O IBGE destacou que bens de consumo semi e não-duráveis registraram a primeira taxa positiva após três meses de queda, período em que acumulou perda de 11,4%.
Já bens de consumo duráveis registrou a sexta queda seguida, acumulando perda de 16,2% no período.
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Confiança no setor
Nesta semana, também foi divulgado o Índice de Confiança da Indústria (ICI), segundo a Fundação Getúlio Vargas, o índice subiu 3,4 pontos em junho para 107,6 pontos. Representando a maior pontuação desde fevereiro.
O resultado do mês é influenciado tanto pela melhora da situação corrente quanto pelo aumento do otimismo em relação aos próximos meses.
Apesar da melhora, o otimismo dos empresários continua sendo travado pela escassez de insumos, aumento dos custos e demanda ainda fraca da economia.
Economistas destacam que a recuperação estável só poderá ser melhor observada ao final do segundo semestre, condicionada ao avanço da vacinação e também à retomada do setor de serviços.
Os resultados da pesquisa também podem ser consultados no banco de dados Sidra.
Fonte: IBGE