Aos poucos, a indústria vem retomando os bons números no Brasil. O Índice de Confiança do Empresário Industrial, por exemplo, alcançou os 63,2 pontos em agosto de 2021.

A medida indica uma alta confiança do empresariado no desenvolvimento do setor, favorecendo novos investimentos e transações.

A indústria automotiva é uma que já demonstrou os efeitos desse investimento. Para se ter uma ideia, no primeiro semestre de 2021 foram emplacados 74 mil veículos. O número é 33% superior ao mesmo período de 2020.

Segundo previsões do segmento, a indústria automotiva deve retomar o cenário pré-pandemia já em 2022. 

Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a indústria da construção civil é outra que deve crescer este ano, 4%.

São todas informações animadoras para um setor que sofreu com amargos prejuízos desde o início da pandemia de covid-19. Em 2020, a indústria fechou com queda de 4,5%. Foi o pior resultado desde 2016, quando a queda foi de 6,4%.

Agora, a estimativa dos profissionais da indústria é que o PIB industrial crescerá 6,9% em 2021. 

Efeitos do aumento da confiança na indústria

Com a maior confiança no crescimento industrial, há também maior tendência de investimento no setor. Assim, as empresas devem produzir mais, vender mais e, consequentemente, ganhar mais.

Claro que esse é o cenário ideal, e é difícil que esse passo a passo se desenvolva regularmente. Inclusive porque, apesar da percepção positiva, muitos empresários não têm recursos para investir. 

Por isso, especialistas do setor esperam que haja incentivos governamentais para esses investimentos. Desde empréstimos próprios, até condições mais atrativas para o pagamento de impostos e taxas.

Com o novo desenvolvimento da indústria, é esperado também um boom nas ofertas de emprego, para contornar o índice recorde de desemprego no país. A indústria emprega quase 10 milhões de profissionais hoje.


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Investimentos na indústria devem abarcar diversas frentes

Outro efeito do aumento da confiança na indústria são os investimentos em novas tecnologias e soluções para o setor.

Atualmente, o ramo industrial tem entre seus problemas a alta emissão de gases poluentes. É um problema que afeta não apenas a qualidade do ar, mas o próprio lucro dos negócios. Afinal, são comuns os chamados Impostos Verdes, em que quem polui, paga.

As emissões brasileiras são provenientes, em sua maioria, de atividades agropecuárias (cerca de 73%). O dado é do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG).

Porém, isso não elimina a responsabilidade da indústria em adotar estratégias ecológicas, como outras empresas já fazem.

Até porque, se todos os setores não fizerem sua parte, as ações ecológicas de um podem “anular” o do outro.

No caso da indústria automobilística, por exemplo, existem estudos para adotar o biocombustível nos veículos produzidos no país. Em comparação à gasolina, o biocombustível emite nove vezes menos gás carbônico na atmosfera.

Com essa preocupação, os negócios vão se tornar parte ainda mais importante da sociedade. Contribuindo não apenas para a Economia, como para o cuidado com o meio ambiente e o futuro do planeta.

Artigo produzido pela equipe Acquazero.