Com as atuais instabilidades do mercado, as empresas têm observado a necessidade de formar equipes multidisciplinares e com saberes diversos. Isso se dá com componentes que tenham algum conhecimento técnico em particular e que, somados, proporcionem conhecimento para realizar projetos mais complexos. Dessa forma, aumenta-se a amplitude de projetos realizáveis e melhora-se a qualidade das entregas.

Em suma, as equipes multidisciplinares possuem uma maior autonomia. Isso se dá porque há uma menor ou nenhuma hierarquização entre os membros. Isso é muito importante para evidenciar que as áreas do conhecimento possuem o mesmo patamar e se complementam. Essas iniciativas se dão com vistas à melhor realização possível do projeto.

Entretanto, fica a indagação de como liderar essas equipes, como motivar e proporcionar interação entre os membros. Questiona-se como utilizar metodologias ágeis de resolução, com interdisciplinaridade e sem perder o foco na não hierarquização. Por isso, trazemos aqui algumas sugestões de como lidar com esse contexto.

Como funcionam essas equipes multidisciplinares na prática ?

Diferente das equipes que são organizadas da forma convencional, as equipes multidisciplinares não possuem uma centralização explícita e formal. Além disso, são bastante dinâmicas e flexíveis quanto ao papel exercido por um membro, que varia de acordo com a demanda exigida, ou seja, não possui-se um papel fixo para a execução dos projetos. Os membros são alocados para determinadas funções em que se sentem mais confortáveis e aptos, o que amplia a capacidade de reação da equipe.

Dentre essas funções que podem variar para cada membro, cabe também a função de liderança. É importante essa dinâmica na equipe para evidenciar que todos ocupam o mesmo patamar e podem também liderar dependendo do seu conhecimento no assunto específico. Sua capacidade de tornar a equipe mais coesa e organizada também pode levá-las a liderar.

Uma pauta importante dessas equipes é a motivação dos membros e o seu desenvolvimento humano e profissional. Desta forma, se cria um ambiente em que o membro se sinta satisfeito e por conseguinte melhorando a produtividade e o rendimento da equipe.

Quais aspectos são inerentes ao líder multidisciplinar?

Analisando a pluralidade das equipes, uma necessidade evidente é a sintonia entre os membros para que haja interação. Não havendo essa harmonia e comunicação cada um desempenha um trabalho diferente e perde-se o foco proposto e a compatibilidade entre as ações. Visto isso, um líder deve ser bastante COMUNICATIVO, para romper as diferenças pessoais entre os membros, construindo relações entre as diferentes áreas de conhecimento. É importante sempre indagar acerca do andamento do projeto, fazer com que todos tenham conhecimento do que está sendo feito nos outros setores.

Cabe ao líder exercer o papel de entender as limitações pessoais de cada um e de si mesmo de forma que, ao alocar responsabilidades, seja totalmente COMPREENSIVO e JUSTO. Agindo assim, almeja-se evitar a sobrecarga dos componentes. O líder deve buscar transmitir que ninguém está acima do objetivo, deixando claro que todos possuem papel fundamental e igual em atingi-lo, gerando proatividade e senso de responsabilidade entre todos.

É válido ressaltar que o todo é melhor que a soma das partes, ou seja, uma equipe multidisciplinar não é somente um aglomerado de conhecimentos diversos que trabalham de forma independente. Trata-se na verdade de um compilado de competências interligadas com interação múltipla.
Portanto é esperado um líder que seja HÁBIL para lidar com as dificuldades que perpassam os projetos e que também seja TRANSPARENTE com seus liderados. Busca-se assim que todos tenham conhecimento geral e uma visão do projeto com um todo, transpassando confiança e também segurança para os componentes. Dessa forma veem que estão sendo liderado por quem realmente deve ocupar aquela posição e que tudo sairá dentro dos conformes.

As individualidades nas equipes multidisciplinares acabam sendo mais evidentes e o líder deve saber lidar com isso, sendo COLABORATIVO e adaptando sua forma de tratamento com cada integrante. Por exemplo, uma pessoa que seja mais retraída, seria mais interessante o trato particular, evitando exposições desnecessárias.

Por outro lado existem pessoas que são mais resistentes à críticas, o que exige um tratamento mais eufêmico, tomando cuidado na forma com que se fala e sempre explicando o porquê de cada decisão. Ou seja, se adequando com a forma de ser de cada um. Além disse, o líder deve estar sempre disposto a contribuir, ajudar, e sempre estar criando esse vínculo de perguntar se há alguma dúvida.

As equipes multidisciplinares, por terem conhecimentos muito diversos, também são mais dinâmicas. Por isso, é necessário saber trabalhar de uma forma ágil e, simultaneamente, eficaz.

Como unir agilidade com qualidade aos projetos?

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Algumas empresas utilizam técnicas que auxiliam na execução do projeto, de modo a minimizar o tempo gasto em sua elaboração. Essas metodologias mantêm o dinamismo da equipe e conseguem facilitar a integração de diversos conhecimentos diferentes.

A metodologia SCRUM que é utilizada basicamente para impor agilidade e objetividade ao processo de elaboração e resolução de um projeto. Ela se baseia em ciclos curtos denominados Sprints que costumam durar cerca de 30 dias com o intuito de chegar a um determinado objetivo. Esses objetivos são enunciados em uma lista que é constantemente atualizada, chamada Product Backlog.

É importante citar o processo de pensamento crítico denominado DESIGN THINKING. Esse processo proporciona uma maior organização no processo de criação e inovação que permite direcionar informações e ideias, auxiliar na tomada de decisões e adquirir conhecimento. O intuito da empresa em utilizar este processo é mensurar e dimensionar a criação, visto que muitos dos produtos lançados no mercado não obtém sucesso.

Agora que você já sabe melhor como gerir equipes multidisciplinares, quer aprender mais sobre produtividade? Veja um artigo sobre como dimensionar equipes produtivas!