No mundo moderno, a sinalização é tudo, seja a visual, seja a escrita. Atualmente, a alfabetização é iniciada na mais tenra infância, pois esse é um conhecimento que acompanha o ser humano enquanto não estiver senil. É o ponto de partida para a imersão em sinalização.

É a sinalização escrita que permite à população andar com segurança nas cidades, e usar o transporte público de/para o trabalho ou a escola. Junto com a sinalização escrita são usadas as placas de sinalização.

Toda uma variedade de símbolos visuais que também são chamados de ícones, informa quais ruas são de mão única (ou não), e em qual lado deve se observar a passagem de veículos.

Quando alguém recebe a habilitação para dirigir veículos, passa a incorporar uma porção de restrições para o tráfego: semáforos (o equipamento de sinalização mais comum), contramãos, faixas de pedestres, cruzamentos, confluências e bifurcações, prioridades, e autorizações (ou proibições) para estacionar. Majoritariamente, a regulamentação de trânsito é sinalizada como ícone, símbolo visual, placa de regulamentação.

Segurança empresarial

Numa empresa, a questão de segurança é mais complexa que num ambiente puramente urbano. Dependendo do ramo de atividade, diversos locais apresentam acesso restrito, a começar pelos sanitários: diferente de um banheiro doméstico, cada sanitário de uso público deve ser claramente indicado com placa de sinalização, quanto ao gênero admissível, sob risco de criar situações, no mínimo, embaraçosas.

Existe também a questão de se restringir o acesso de pessoas desautorizadas, o que é um direito de empresas assim como de condomínios. Uma vez autorizada a presença da pessoa, seja funcionário, morador ou visitante, esta deve receber orientação  visual clara (placa de aviso) sobre os locais nos quais pode (ou não) se deslocar.

Salvo exceções de caráter profissional, o trânsito de pessoal sem treinamento deve ser delimitado em áreas de infraestrutura. Nos casos de indústrias, as restrições podem se estender à presença de fatores de insalubridade:

  • Altas tensões;
  • Temperaturas extremas;
  • Pressões ou vácuo;
  • Produtos químicos tóxicos, abrasivos ou corrosivos;
  • Níveis luminosos intensos;
  • Ruído acústico elevado;
  • Radiações ionizantes;
  • Vibrações mecânicas;
  • Riscos biológicos etc.

O ingresso em local contendo fatores de insalubridade deve ser restrito por sinal visual padronizado (placa de segurança), compatível com os padrões descritos em norma de segurança do trabalho.

O treinamento na sinalização usada em uma indústria deve ser ministrado logo que um funcionário se apresenta para o início de atividades, no primeiro dia se possível.

É nesse treinamento que o funcionário deve receber seus EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e as instruções sobre como instalá-los corretamente sobre o seu corpo.

Igualmente, deve ser apresentado à planta do edifício e Mapa de Riscos (além de como proceder nos casos de incêndios), à localização e os tipos de extintores de incêndio, além de hidrantes.

Trânsito local

Dentro de indústrias de grande porte, assim como em centros comerciais e de escritórios, é comum a existência de vias de tráfego de veículos de diversos portes, desde motocicletas até carretas biarticuladas.

Além das regras comumente aplicáveis ao trânsito urbano, é provável que o motorista que vá trafegar em um espaço delimitado encontrará uma placa de trânsito limitando a velocidade num valor bastante reduzido: 15 ou 20 km/h.

Acidentes em áreas classificadas

Áreas classificadas são assim denominadas como resultado dos riscos a que ficam expostos pessoas e ativos, em resultado da atividade produtiva ali praticada. Cada um dos fatores de risco anteriormente listados exige uso de EPIs para ser enfrentado corretamente.

No caso das altas tensões, algumas empresas do ramo de distribuição de energia adotam políticas de tolerância zero: caso o profissional tenha esquecido algum EPI, o serviço não pode ser executado e, caso o profissional se arrisque a contrariar essa diretiva, é imediatamente desligado da empresa.

São considerados EPIs essenciais para o trabalho de um eletricitário em campo: macacão, capacete, óculos de segurança, cinturão de segurança, além de luvas e botas compatíveis com altas tensões.

Choques elétricos são um tipo de acidente que pode variar entre uma sensação desagradável e a morte instantânea, passando por queimaduras de elevados graus e com muito alto índice de danos ao organismo: um tipo de assunto que é mais fácil descrever do que observar.

Riscos para a visão

Durante serviços de soldagem, placas de sinalização devem permanecer à vista constantemente, exigindo o EPI durante esse serviço. A exposição da vista desprotegida à luminosidade proveniente de solda elétrica pode se transformar em cegueira  após um período entre 4 e 12 horas, quando aparece a queimadura sobre a córnea e nos tecidos próximos.

Ruído acústico: riscos para a audição

Em termos profissionais, talvez o lugar mais insalubre conhecido atualmente (no tocante a riscos acústicos) é um campo de pousos e decolagens de aviões a jato: o nível de ruído nas proximidades de uma turbina de jato chega a 140 dBA, o mesmo valor captado num disparo de arma de fogo, porém, continuamente.

A Norma Regulamentadora sobre este assunto limita o ruído acústico contínuo: para não provocar danos ao tímpano e às terminações nervosas correspondentes, esse limite é de 80 dBA, por um período limitado a 8 horas (a cada 24 horas).

Portanto, são essenciais recursos para que um excesso de ruído equivalente a 60 dBA possa  ser abafado antes que um operador possa trabalhar na orientação de táxi em pistas de aeroportos.

Isto é obtido pelo uso de tampões de ouvido: para se obter a atenuação de 60 dBA é essencial o uso combinado de tampões intra-auriculares, e externos. É provável que o resultado apenas se aproxime da atenuação necessária, o que pode limitar o tempo de exposição do operador.

Conclusão

Os fatores de risco vêm sendo mapeados há décadas, com base em acidentes registrados no passado, e os equipamentos de proteção nasceram da observação das condições necessárias para manter os trabalhadores saudáveis.

Muitos fatores de risco são desconhecidos para os principiantes, e mesmo trabalhadores experientes estão sujeitos a descobrir que estão expostos quando já é tarde. É onde as placas de sinalização se tornam importantes, possibilitando que a área de risco seja contornada, ou que o visitante use os EPIs essenciais.

Solda elétrica, por exemplo, antes mesmo de ser vista, geralmente é precedida de um ruído semelhante a um crepitar, o que é suficiente para alertar e evitar olhar o serviço de solda, e deixar o local sem demora.

Já outros riscos, como os químicos ou de radiações ionizantes, atacam silenciosamente: é onde as placas de sinalização proporcionam a chance de evitar se estragar desnecessariamente.