Em 1980 surgiu a expressão Tigres Asiáticos, que diz respeito as regiões que consistiram uma elevada expansão econômica em um curto período de tempo. Essa expressão foi gerida a partir do momento em que o Japão, Hong-Kong, Coreia do Sul, Cingapura, Taiwan, passaram a produzir bens com a tecnologia que o Japão, havia aperfeiçoado e consagrado, durante as décadas de 50 e 60.

Mesmo no grande auge de situações econômicas e políticas conflituosas aflorando em guerras, esses países optaram por investir muito em infraestrutura e educação, originando assim, uma geração de pessoas produtivas, que auxiliaram na fabricação de produtos de alta qualidade, consagrando os bens provenientes da Ásia por desempenho, acabamento e durabilidade.

Tigres asiáticos

POR QUE A CHINA CRESCE TANTO

Após o retorno da soberania do governo chinês sobre Hong Kong, a China, acabou se agarrando à onda bem-sucedida que mexeu com a economia mundial, acenando ao mercado com sua mão de obra abundante e de custo relativamente baixo. Isso fez com que competir diretamente com a China tenha uma missão extremamente difícil para as indústrias brasileiras.

Iniciando uma época de alta produtividade, a China vem se reestruturando após, décadas de estagnação econômica, enquanto passou a importar volumes crescentes de commodities, gerando assim, resultados anuais positivos que durante anos beiravam os dois dígitos. Além de propagar esse crescimento importando e exportando para inúmeros países do planeta.

CRISE X OPORTUNIDADE

É incontestável o fato de que muitas empresas fecharam as portas nos últimos três anos ou reduziram o quadro de funcionários, tendo que inventar estratégias para dar saída aos estoques abarrotados. 

Cada empresa que deixa de existir afeta várias outras empresas e consumidores finais, formando assim uma bolha de demanda. O aumento de procura ocorre sempre que uma relação entre consumo e fornecimento sofre uma descontinuidade. Porém, algumas empresas transformam essa situação em oportunidade de começar um empreendimento, pois, existe uma gama de clientes carentes procurando por novos fornecedores.

É essencial estar atento às oportunidades que aparecem. Definitivamente, crise para uns é oportunidade para outros.

Empresas novas seguem dicas para competir diretamente com os produtos chineses, como:

1) Custos

Atualmente, a moeda brasileira está desvalorizada, o que consequentemente, torna mais difícil a importação. Isso por conta da grande quantidade de impostos de tramitação internacional como IOF e outros impostos.

Esse cenário possui grande potencial para quem deseja competir com os produtos chineses, pois, agora muitos buscam adaptar suas necessidades para empresas nacionais, ou seja, existe uma grande demanda carente de quem realizava importações e, atualmente, procuram por novos fornecedores.

2) Prazo de entrega

Quando é destacado o prazo de entrega, o mercado interno tem tudo para ser o melhor em prazo.

Por mais aplicados e ágeis que sejam os concorrentes chineses, as indústrias regionais realizam a entrega dos produtos em território nacional, sem depender de frete, desembarque, trâmites fiscais e deslocamento até o local de instalação.

Sem falar na expectativa gerada pelo produto entregue esteja coerente com o que foi encomendado, sem erros, pois, caso contrário, as correções serão feitas a 20,000 KM de distância, e passarão novamente por todas as burocracias internacionais. Esse é um fator que influencia muito para o empresário que deseja competir com a China.

3) Garantia de fábrica

Caso o item adquirido pelo consumidor possua algum dano ou apresente problemas durante o período de garantia, a devolução ou conserto terá que passar mais uma vez por todas burocracias dos traslados internacionais.

A menos que a empresa chinesa possua um fornecedor local/representante, o cliente necessitará estocar componentes de reposição sugeridos, torcer para que existam equivalentes nacionais ou então que algum importador os possua em estoque.

4) Matéria-prima

Outra característica do Brasil é a enorme fartura de matérias-primas, sejam minérios, borracha, madeira, entre outros.

Essa afirmação indica a facilidade que a indústria brasileira tem em obter material para trabalhar, e que existem inúmeras oportunidades de gerar economias através das riquezas da terra, como a água, a qual pode ser aplicada para gerar energia elétrica, auxilia na redução de gastos abusivos ou até mesmo no corte dos mesmos.

Gerando a essas empresas investimentos em outras linhas de produção, fazendo com que sua produtividade cresça significativamente. Ou seja, temos mais um ponto de vantagem no momento de competir com a China. 

As empresas que confiam nesses argumentos, tendem a conquistar o sucesso competindo diretamente com os produtos produzidos em solo Chinês.