Os cilindros de plástico descartáveis causam impactos significativos ao meio ambiente.

Sabe aquele canudos plásticos que vem junto com um copo de bebida?

Popularizado na década de 60 por conta da massificação dos restaurantes fast food, porém, há três anos seu uso vem sendo questionado, principalmente, devido aos impactos negativos que ele causa ao planeta.

Os canudos plásticos descartáveis são fabricados a partir do polipropileno ou do poliestireno. Eles costumam ser usados individualmente por em média dez minutos e logo depois jogados fora. Em contraste com seu tempo de uso, a decomposição do material na natureza chega demorar 500 anos.

História dos canudos

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Os primeiros canudos da história datam em 3.000 a.C. Eles foram criados pelos sumérios para evitar o contato de subprodutos sólidos na fermentação da cerveja, que ficavam no fundo da taça. O canudo era um tubo de ouro enfeitado com pedras preciosas azuis, parecidos com a bomba de chimarrão utilizada pelos gaúchos atualmente.

Em 1800, o canudo de centeio (ou palha) se popularizou, pelo fato de ser mais barato e macio. A desvantagem é que ele se desfazia facilmente em contato com a água e deixava o sabor de centeio em todas as bebidas.

Quem solucionou esse problema foi o Marvin Stone, dono de uma fábrica de piteiras de papel nos Estados Unidos. Stone costumava descer o quarteirão para tomar seu drinque habitual após seu árduo expediente. Era uma bebida feita de uísque, menta e açúcar, chamada mint julep, que necessitava estar sempre bem gelada. Por conta disso, as pessoas costumavam consumi-la através de canudos naturais de capim ou centeio, para que suas mãos não precisassem tocar o copo diretamente. Infelizmente, os canudos naturais estavam longe de ser uma solução perfeita, uma vez que faziam com que o líquido ficasse com gosto de grama sintética decorativa.

Stone notou a relação entre o processo de criação de suas piteiras e a possibilidade de fabricar canudos artificiais produzidos em papel.

Excitado com a possibilidade de beber o seu drink favorito ainda mais saboroso, ele colocou a sua ideia em prática, enrolando assim longas e finas faixas de papel ao redor de um lápis e colando nas extremidades com uma pincelada de cola para assim, evitar que o papel desenrolasse.

No ano de 1888, Stone produziu vários desses canudos e deixou-os com o barman da taverna para seu uso pessoal.

A limonada era outra bebida popular naqueles anos, e Stone pensou que as pessoas também gostariam de consumi-la da mesma maneira. Assim, seguindo a mesma ideia, ele projetou um canudo de papel de 20 centímetros, com um diâmetro suficiente para impedir que sementes do limão bloqueassem o tubo. Para isso, ele utilizou papel manilha revestido com parafina para que o canudo não ficasse encharcado ao entrar em contato com o líquido. No mesmo ano, Marvin Stone patenteou a ideia e se tornou o inventor do canudo.

Com a invenção do plástico, os canudos plásticos passaram a ser produzidos em larga escala com esse tipo de material.

Guerra contra os canudos plásticos  

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Ambientalistas e alguns grupos conscientizados dos males do canudo declararam guerra ao popular cilindro plástico, que se transformou no grande vilão do meio ambiente

O primeiro passo para essa guerra aconteceu no ano de 2015, quando um vídeo gravado por biólogos da marinha na Costa Rica registrou o momento em que retiravam um canudo de dentro da narina de uma tartaruga marinha.

Esse vídeo se transformou em um marco, e chamou a atenção de muitos países sobre a utilização dos canudos de polipropileno.

Estima-se que 10 milhões de toneladas de materiais plásticos chegam aos oceanos por ano, sendo que destes mais de 100 mil toneladas sejam de canudos plásticos descartáveis que no mar acabam sendo ingeridos por animais, ora inteiros, ora em pedaços de diversos tamanhos. Estes podem, até, dependendo da sua quantidade e densidade, obstruir a passagem da luz e assim, interferir no processo da fotossíntese das algas.

Quando ingeridos por inteiro, podem obstruir as vias aéreas ou o tubo digestório e prejudicar as funções vitais dos animais residentes no oceano, levando-os à morte.

As medidas tomadas contra o uso dos canudos de plástico

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A rede de fast food McDonald’s substituiu os canudos de plástico por canudos de papel em todos os seus restaurantes no Reino Unido e Irlanda.

A rede americana se uniu a mais de 40 companhias no Reino Unido e obedeceram às ordens do governo britânico, que tem como objetivo principal reduzir nos próximos sete anos a poluição provocada pelo consumo de plástico.

No Brasil, o Rio de Janeiro pode se tornar a primeira cidade brasileira a proibir a utilização do canudo de polipropileno. A lei ainda necessita ser aprovada pelo prefeito da cidade, e quando entrar em vigor, o estabelecimento que descumpri-la, poderá pagar multa de até R$ 3 mil, valor que pode ser multiplicado em ocorrências de não cumprimento da lei.

A solução para os problemas causados pelos canudos

O canudo de plástico é um item que deve ser evitado. Mesmo quando descartado de forma correta, ele pode escapar para a natureza e ser carregado pelas águas da chuva em direção aos mares e rios, impactando diretamente toda a fauna aquática.

Preocupados com o meio ambiente e com os impactos do plástico ao mesmo, alguns empresários já lançaram alternativas para substituir o canudo de plástico. O canudo de papel está cada vez mais presente, já que é uma opção biodegradável, porém, o mesmo acaba sendo fonte de poluição até sua completa biodegradação, já que o modelo foi pensado como um item descartável. Opções melhores são os canudos comestíveis e os modelos de canudos compostáveis.

É importante que todos estejam cientes do quão mal o plástico está fazendo para o mundo. Nós humanos, somos inteiramente responsáveis por essa calamidade, não pensamos no amanhã e transformamos o planeta em uma verdadeira lata de lixo.

O primeiro passo para revertemos essa situação é deixar de usar os canudinhos, minimizando assim, impactos futuros ao meio ambiente.

O Soluções Industriais como qualquer empresa que preza pelo meio ambiente, acredita que produtos como canudos plásticos, podem ser evitados ou substituídos.